CÂMARA DISCUTE AMPARO LEGAL PARA CONSTRUÇÃO DE MURO DA DISCÓRDIA

por Lindiberto Caldeira publicado 12/02/2020 11h20, última modificação 17/11/2022 21h48
A segunda sessão ordinária da Câmara Municipal no ano de 2020 ocorreu dentro dos conformes e sem maiores contratempos. O evento aconteceu no Plenário da Casa, que após receber ampla reforma, pôde acolher com maior conforto o público que se fez presente.

A segunda sessão ordinária da Câmara Municipal no ano de 2020 ocorreu dentro dos conformes e sem maiores contratempos. O evento aconteceu no Plenário da Casa, que após receber ampla reforma, pôde acolher com maior conforto o público que se fez presente.

Nesta reunião não houve a leitura da sessão da ata anterior, cuja despensa foi aprovada por unanimidade pelos vereadores. 06 requerimentos foram levados à mesa de debates para votação.

No ponto alto das discussões, a questão da construção de um muro na orla fluvial no bairro Triângulo que obstruiu o espaço de cargas e descargas dos cidadãos ribeirinhos e povos das florestas que há mais de 50 anos faziam uso daquele local para escoarem seus produtos.

Protestos de toda espécie se fizeram ecoar através dos microfones do Plenário. De acordo com as palavras do vereador Mário César (MDB), este local está fechado hoje por conta dos interesses de um consórcio de empresas que faz a operação de travessia de passageiros para a Bolívia e está usando como pretexto o combate ao tráfico de drogas e a passagem de produtos importados que usuários deste porto sonegam ao fisco, quando na verdade a única precaução desta companhia é com o impulso de seus lucros através dos vultosos preços cobrados nas passagens.

O presidente do Legislativo, Sérgio Bouez (PSB), disse entender que este porto era de importância vital para os povos das florestas e ribeirinhos. Reiterou que a Câmara desde o começo desta celeuma sempre foi de posição contrária à construção da obstrução do acesso. Afirmou que há denúncias de pessoas afetadas junto ao MP e que a Câmara também expediu ofício à prefeitura cobrando responsabilidades sobre a situação.

Na ocasião, Bouez sugeriu que a Câmara formasse uma Comissão não oficial com o objetivo de destrinchar este embrulho de problemas e descobrir as conexões que findaram neste qüiproquó.

No final da reunião foram entregues 16 títulos de moção de aplausos aos policiais penais do Estado lotados em Guajará-Mirim. De autoria do vereador Adão Laia (PC do B) a outorga deve-se a transição dos agentes penitenciários para policiais penais.